Indonésia : um paraíso dentro e fora d’água!

Indonésia : um paraíso dentro e fora d’água!

A Indonésia é o maior arquipélago do mundo e possui mais de 17 mil ilhas, isso mesmo, 17 mil, só isso já indicaria que é um lugar interessante para mergulhar, mas na verdade é bem mais do que isso, lá foi descoberta uma diversidade imensa de peixes e corais tornando o local um verdadeiro paraíso subaquático, mas por acreditar que devemos não somente conhecer o local debaixo da água, mas também sua cultura, seu povo e atrações, fizemos uma viagem muito especial misturando mergulhos incríveis com muita cultura e diversão.

Escolhemos começar nossa tão sonhada viagem pelo Parque Marinho de Bunaken, numa ilha paradisíaca, dentro do parque e com um único hotel, muito charmoso e com serviços excepcionais, que nos fizeram sentir no paraíso com toda atenção reservada ao primeiro grupo de brasileiros na ilha e mergulhos sensacionais. Para chegarmos lá, uma longa jornada, que valeu cada segundo: partimos de SP em direção a Amsterdã e ficamos por lá umas 8 horas, suficiente para fazermos um city tour e nos recuperarmos para a próxima etapa da viagem até Jacarta, capital da Indonésia (dezessete horas de vôo). Uma noite em Jacarta, essencial, descansar numa cama os ossos para continuar a jornada no próximo dia até Manado, capital do norte Sulawesi, de onde partimos de barco até o Parque Marinho de Bunaken. Recepção de boas vindas com flores e sucos tropicais, toalhas molhadas e perfumadas para amainar o calor e uma água transparente e convidativa para um mergulho. Pronto, logo depois do briefing, check in nos bangalôs e o grupo, ou quase todo, já estava preparado para o seu primeiro mergulho nesse paraíso. Primeira parada: Alungbanua, mergulho tranqüilo para relaxar, acertar lastro e já matar a vontade de molhar o equipamento: mas de cara já deu para perceber o que nos esperava, após o briefing ainda no hotel, os divemasters pegaram nossos equipamentos e carregaram para o barco até as máquinas fotográficas que foram devidamente acondicionadas em caixas e para completar a mordomia, depois do mergulho eles lavavam e guardavam nossos equipamentos. Para que pudéssemos nos preocupar apenas em nos divertir, tirar fotos e mergulhar. O mergulho foi interessante e descobrimos logo milhares de anêmonas coloridas com seus “nemozinhos”, nudibranquios de todas as cores e formatos, corais moles e milhares de peixinhos a nos dar boas vindas ao paraíso. Como estávamos num grupo grande de 18 mergulhadores fomos divididos em 2 barcos e com um guia local para cada 3 ou 4 pessoas. Após o mergulho, fomos curtir a maravilhosa piscina do hotel de frente à praia e curtir um belíssimo por do sol no mar de Celebes, os tons de vermelho e dourado do sol misturando-se ao mar e ao vulcão Manado Tua no horizonte ficarão para sempre gravados em nossa memória.

Ao longo de uma semana fizemos mergulhos maravilhosos, alguns com muita corrente, outros em locais mais abrigados, alguns no azul para vermos peixes grandes, como tubarões galha preta e branca, barracudas, cardumes de xáreus, atuns e napoleões; outros em muck dive, mergulho na areia escura, para ver os peixes mais bizarros e outro para vermos um dos mais lindos peixes do mar: o mandarin, que sai somente no crepúsculo do dia para se acasalar: eles são bem pequenos, variando de 20 a 50 mm e com um colorido muito diferente, chamam atenção por sua beleza e balé de acasalamento em cima dos frágeis corais em que vivem. Mergulhamos também em Lekuan 1, 2 e 3, Bunaken Timur, Siladen Jetty, Tanjung Kopi, Mike’s, Sachiko’s Point entre outros, normalmente tinha um recife mais raso e logo em seguida um paredão infinito recoberto de corais moles e muitas Feather Stars de todas as cores possíveis. Cardumes de borboletas, cangulus e uma variedade impressionante de vida macro. Os mergulhos noturnos eram feitos em locais mais abrigados, mas nem por isso menos interessantes, onde pudemos observar tartarugas, polvos, diversas moréias e a serpente marinha. Num dos paredões, resolvemos ir um pouco mais fundo para vermos a enorme quantidade de tubarões no fundo de areia e quando estávamos subindo tivemos a grata surpresa de encontrarmos uma senhora tartaruga, nadando calmamente com 2 rêmoras próximas ao casco. Ela deslizou graciosamente até encontrar uma toca grande, onde parou para descansar, o que causou deleite para todos os fotógrafos do grupo. Uma semana de mergulhos incríveis e muitas risadas , mudamos o ritmo do hotel com nossa alegria e todo o staff queria aprender a falar português. No ultimo dia nos fizeram uma festa surpresa com direito a troca de presentes e lágrimas nos olhos, mas a viagem ainda estava na metade e tínhamos agora a parte cultural pela frente. Seguimos então para Yogyakarta, Jogjakarta ou apenas Jogja como é gentilmente chamada por seus moradores, é um centro importante de arte e cultura javanesa como batik, ballet, artes cênicas e música, mas também é o maior centro educacional do país, onde se concentram as melhores universidades. Entretanto, mundialmente é mais famosa por ficar próxima de 2 patrimônios históricos da humanidade: Borubodur e Prambanan.

Começamos nosso passeio pelo maravilhoso templo budista de Borobodur , que foi construído entre os anos de 750 a 850 AD e significa em sânscrito “Monastério Budista na Colina”, e tem a historia de Buda esculpida em pedras, que foram moldadas e encaixadas como um quebra-cabeça ao redor do templo. A paz que sentimos no local é imensa, e só é atrapalhada às vezes pelos pedidos constantes de “Posso tirar uma foto com vocês?” É, por mais incrível que pareça, acabamos virando atração local dos indonésios que adoram tirar fotos com estrangeiros. Depois fomos conhecer um vilarejo típico daquela região e pudemos apreciar a hospitalidade típica dos indonésios num almoço oferecido por moradores locais, observamos seus trabalhos e maneiras simples de viver, mas com um respeito muito grande por sua cultura e tradições. Esse tipo de turismo sustentável é incrível, pois nos dá oportunidade de conhecer melhor a cultura local e ainda ajuda a população a sobreviver de maneira decente e sem estragar o meio-ambiente. Outro passeio imperdível é o complexo de Prambanan, com seus templos hinduístas e belos jardins, que foram construídos na metade do século nove e em parte estão sendo reformados, pois foram afetados pelo grande terremoto que atingiu a região em 2006. O City tour em Yogyakarta é muito interessante e o passeio no palácio do sultão, que ainda governa a região, vale a pena. Para aqueles que gostam de compras, a cidade é um paraíso, pois quase todo artesanato e pratas vendidos no país é feito aqui e os preços são muito convidativos. Mas, se não quiser pagar excesso de peso em vôos internos, a dica é vir para cá com pouca coisa para poder comprar roupas, artigos de couro e prata. Não deixe de passear na cidade em um típico becak, que são bicicletas com um assento na frente e estão em todos os lugares da cidade, funcionam como táxis e depois das motocicletas são os meios de transportes mais utilizados na região.

Nossa chegada em Bali foi em grande estilo com direito a colar de flores de boas vindas no aeroporto e música com drinks no hotel. Escolhemos ficar em Kuta para ter bastantes opções de diversão, agito e compras. Fora do circuito praia e agito, Bali possui muitos passeios culturais interessantes e no dia seguinte seguimos até Singapadu, onde conhecemos uma casa típica Balinesa e vimos o ritual diário de oferendas, que é feito 2 vezes por dia por todos, em suas casas e locais de trabalho para agradecer e pedir proteção. Em Bali pudemos observar a beleza dos trabalhos entalhados em madeira, que estão presentes em todos os lugares; beirais de portas e janelas, adornos de templos, móveis ou artigos de decoração. Todas as casas, por mais simples que sejam possuem um templo e um jardim, sempre bem cuidado. Seguimos até o Monte Batur, um vulcão ativo e com um lago de águas quentes por causa de sua caldeira, que é atração local. Almoçamos por lá, admirando a paisagem, visitamos uma plantação de arroz típica no local e seguimos até Ubud para conhecer o belíssimo templo Pura Batuan. Outro passeio imperdível é a visita ao templo dos macacos, Pura Luhur, em Uluwatu, esse vale a pena pelo local, fica num penhasco lindo e proporciona um espetáculo duplamente interessante: um natural que é a interação dos macacos com os turistas e outro que é a apresentação de um balé, no final da tarde, contando sobre uma lenda local. Bali tem muitos atrativos e uma vida noturna agitada, além de surf e mergulho. No final dos 18 dias uma certeza: valeu cada segundo e não vemos a hora de voltar mais vezes a este país tão interessante!

Fatos: Clima: a Indonésia é cortada pelo equador e tem um clima tropical quente com duas estações definidas: a Seca, que vai de Junho a Setembro e a de chuvas, de Dezembro a Março. As temperaturas variam de 23 a 28 graus no ano, podendo ter regiões mais quentes. A temperatura da água do parque marinho de Bunaken varia de 27 a 30, sendo a melhor época para mergulho nos meses de maio a setembro, quando o mar está mais calmo. As correntes variam bastante e às vezes são muito fortes. É recomendado o uso de salsichões em todos os mergulhos. A visibilidade nos recifes alcança até 30 metros e nos muck dives varia de 5 a 10 metros. A Indonésia tem diversos pontos de mergulho para todos os gostos, mas com certeza o Parque Marinho de Bunaken é uma excelente opção para todos os tipos de mergulhadores, do básico aos mais avançados, fotógrafos, pois a diversidade e a qualidade dos mergulhos encantam a todos.

Como chegar: Existem opções a partir da África do Sul, Austrália, Singapura, Japão ou países da Europa. Optamos por fazer um vôo pela KLM até Amsterdã e de lá até Jacarta. De Jacarta até Manado, voamos pela Garuda, mas existem outras companhias que fazem o mesmo trajeto como a Lion Air e a Merpati. O serviço da Garuda nos surpreendeu com aviões novos, sem atrasos e serviço de bordo atencioso. Mas fique atento ao excesso de peso, em vôos internos o máximo permitido são 20 kg em classe econômica. A Omnimare tem pacotes completos para Indonésia e lhe dará todas as dicas sobre o local.

Visto: de turismo é facilmente conseguido nos aeroportos internacionais da Indonésia, basta ter passaporte com prazo de validade de no mínimo 6 meses e comprovante internacional de vacina de febre amarela e pagar uma taxa equivalente a U$ 25,00.

Quem leva: Omnimare Turismo e Mergulho Tel: 12-3832-2005 www.omnimare.com.br e-mail: viagens@omnimare.com.br texto e fotos de Elsie Orabona, instrutora PADI e aspirante a fotografa nas horas vagas.

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